terça-feira, 18 de outubro de 2011

ENCANTOS E DESENCANTOS - II Seletiva - Beco dos Poetas - Alma Gêmea Vol. I


Em que ponto da vida o perdi?
Quando foi que cresceu, não vi?
Ou não cresceu, e fiz que não vi...
Afeto, sempre foi seu encanto.
O que fez? O que fiz?
Trocou quem amou pelo que desejou, que desencanto!
Quis apenas “ter” – isto o escravizou.
Não fez o certo, esta é sua carência, coisas do desencanto.
Ordens divinas não caem mais em seus ouvidos surdos.
Vi mais do que supunha, era encanto.
Temo pelo seu lado fraco que não reage.
Sua palavra não tem mais força sobre mim.
Então, coloco-me ao lado de suas promessas, resta esperar, aceitar o que não posso mudar. Nada mais posso pedir.
Lágrimas tornaram-se meus dias de prece.
Os falsos encantos da vida viciam, descomprometem, bloqueiam.

O amor deixa de ser a ponte, leva-o ao fim do poço.

Tua vida? Não alcançará mais a esperança...

Tua família? Só o terá de volta na prisão, no caixão...

Haverá tempo de aquecer o coração de quem sente o frio desta tristeza?

Não espere que lhe peça, ofereça, faça...
Não troque seu caminho por atalhos.
Não seja um pássaro abatido em pleno vôo.
Não se apaixone pelo que lhe faz falta.
Não dance com o diabo, caminhe com Deus.
Neste mundo onde mães competem com drogas, podem ainda garantir sua prole?
Engodo é pensar que mãe ainda cobre o destino dos filhos...

Genha Auga











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