quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CRÔNICA PUBLICADA EM JORNAL ON LINE

 
 
          Genha Auga – Jornalista MTB 15.320
            www.gazetavaleparaibana.com.br
 
 
 
 
 
 
 


Desde o tempo das cavernas quando o homem passou de nômade ao sedentarismo, veio a necessidade de cultivar plantas para suprir suas necessidades, dessa forma, surgiu nova
e importante atividade: a agricultura; considerada atividade do setor primário, sem ela não existiriam as atividades urbanas.
Com a invenção mecânica para auxiliar e facilitar o trabalho na agricultura, cada vez mais a indústria foi se desenvolvendo e pessoas migraram para as cidades para produzir ferramentas para os agricultores.
A inventabilidade humana cresceu e a produtividade das indústrias cada vez maior, moveu intensamente o mundo dos negócios atraindo cada vez mais gente do campo para a cidade e, sem espaço para todos, gerou pobreza, favelas, mais lixo, vários problemas
sociais e menos recursos para subsidiar o agricultor.
O homem não parou de inventar e nem sempre foi para o melhor.
Cada vez mais investiram em maquinários e tecnologias sem dar a devida atenção aos produtores que ficaram em minoria, e o alimento produzido já não garante a todos e a fome se agrava.
Visando somente e cada vez mais o dinheiro, as invenções humanas evoluíram muito, mas o próprio ser humano não.
A produção de armas, venenos, substâncias químicas que poluem o ar, terra e água vem causando doenças e mortes e as máquinas que substituíram homens fez com que sobrasse
gente sem trabalho.
Essa é a agricultura de máquinas e venenos – agricultura moderna.
Hoje preocupados, os governantes correm atrás de novas formas e sistemas para recuperar o meio ambiente, sem contar o pobre do agricultor que não ganha o suficiente para sua própria sobrevivência e produz o alimento de quem o explora e dos que ganham
muito sem produzir nada.
Há muitos discursos e projetos que são apontados como solução como: produção orgânica e agregação de valor aos produtos, desenvolvimento sustentável e menos tecnologia, sistemas agro florestais produzindo por mais tempo menos quantidade e mais qualidade.
Outros procuram coletar sem mudar muito o meio enquanto alguns, desmatam e plantam para ter facilidade em colher considerando o que é mais importante para eles.
Um problema que atinge a todos mas poucos se esforçam, não entendem as dificuldades e simplesmente jogam a culpa nos outros.
As pessoas mais simples e honestas, infelizmente, acreditam demais e pensam de menos
e há os que buscam solução fácil apostando em mais tecnologias.
Para os bem-intencionados trata-se de um resgate, para outros pode ser uma boa oportunidade, alguns se declaram até contra a tecnologia mas, quase todos moram na cidade.
O fato é que precisamos da agricultura, fonte do nosso alimento, mas com qualidade e regularidade. Precisamos ter o suficiente sempre e não o melhor só de vez em quando. Para isso é preciso unir consciências e buscar caminhos de importância para todos
valorizando a mão-de-obra do agricultor e procurarmos, civilizadamente, nos adaptarmos à natureza e encontrar meios para ter o que se precisa.
Plantar é o meio que produz alimento gerando a energia que nos possibilita trabalhar. Portanto, energia e trabalho têm a mesma grandeza mas falta um denominador comum para resolver a questão e, ainda assim, mesmo que não seja a solução para todos, que
minimize o problema do menos favorecido e resgate um pouco do nosso habitat.

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