LUTAR OU
CONTINUAR ASSIM
Genha
Auga – Jornalista MTB: 15.320
O
imediatismo tomou conta de nossas vidas e na velocidade que tudo acontece, caminhamos
para a exaustão e trocamos caminhos por atalhos; nossas crianças pulam etapas
da infância e homens e mulheres com medo de envelhecer perdem o bom senso.
A
cada momento são lançados no mercado, livros, músicas e filmes na mesma proporção
em que surgem produtos milagrosos para emagrecer, anabolizantes para definir o
corpo, ervas milagrosas para curar doenças, tudo em nome da beleza e sucesso
imediato, sem primar pela saúde, qualidade e ética.
A
hierarquia está às avessas; filhos mandam nos pais, alunos desrespeitam
professores, bandidos enfrentam polícia, menores vão para a noite sem os
adultos, assassinos vivem livremente e nós ficamos presos em casa.
Nossa
realidade está cada vez mais cruel, enfrentamos quimeras de uma democracia que
queima pontes que nos fazem perder conexão com as verdades. Estamos acumulando
informações e não conhecimentos, permitimos que a televisão despeje em nossas
salas a violência sangrenta e suja e programas que “emburrecem”. Estamos enfrentando
o caos, mães competem com ratos para garantir a comida e com drogas para não
perderem seus filhos.
Como
marcar um compromisso com o futuro se estamos nas mãos de manipuladores que nos
destroem, pisoteando valores imprescindíveis para formação do caráter e
substituindo por outros que determinarão um futuro que não será dos melhores?
Precisamos
lutar, mesmo que a solução pareça cada vez mais distante. Se não dermos o
primeiro passo, nunca a alcançaremos, caminhemos unidos pela força e façamos
obras de nossa própria autoria, deixaremos um passado limpo e teremos vivido
intensamente por uma causa justa e, só assim, nossas crianças aprenderão para depois
construir. Nossa luta é imprescindível para soltar as amarras desse
confinamento moral e social a que estamos submetidos e sair desse quadro de
miseráveis e alienados ao qual nos emolduraram.
Necessitamos
reaver nosso direito de ir e vir, de estudar, comer e viver dignamente.
Boca
vazia não enche barriga, mente vazia não enche a alma e sem luta não se chega a
nada.
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